Livro de Job
Este livro pode justamente considerar-se um dos poemas mais belos do mundo. A sua acção é simples. Um homem, chamado Job, de proceder irrepreensível, é afligido por desgraças de todo o gênero, chegando as suas carnes a corromperem-se quase por completo sobre os ossos. Alguns amigos seus, tendo ido para o consolar, viram em tantos e tão grandes sofrimentos uma prova clara de pecados gravíssimos que os mereceram. O paciente Job protesta a sua inocência, mas não consegue convencer os seus amigos. O próprio Deus parece surdo aos lamentos do infeliz, que sofre com isso as maiores torturas. Porém a sua confiança na justiça de Deus não diminui, e, tendo vencido a prova, o próprio Deus aparece a defendê-lo e a restituir-lhe a felicidade primitiva. A conclusão moral é que, por uma misteriosa e sábia disposição de Deus, os justos sofrem algumas vezes sem nenhuma culpa, recebendo depois a recompensa não só das virtudes que já praticavam, mas também dos sofrimentos que suportaram com resignação. A discussão entre Job e os seus amigos é em verso e constitui a parte principal da obra.
Job suas riquezas e piedade. Satanás obtém a permissão de afligir Job. Primeiras tribulações. Resignação de Job.
Satanás obtém a permissão de ferir Job em seu corpo. Lepra e resignação de Job. Chegada dos três amigos.
Job amaldiçoa o dia do seu nascimento. Suspira pelo repouso da outra vida. Lamentando-se novamente.
Job é acusado de impaciência. Uma aparição.
Job, em vez de se lastimar, volta-se para Deus. É em Deus que está a felicidade.
Intensidade do sofrimento. Amigos dos infiéis.
A vida é triste. Job pede a Deus que o poupe.
Deus é justo. O ensinamento dos antepassados.
Justiça e poder de Deus. Quem pode discutir com Deus? Penas dos inocentes. Se a Majestade divina o não aterrorizasse, Job poderia provar a Deus a sua inocência.
Porque é que Deus justo manda tantas tribulações a um inocente? Desilusões e angústias.
Sofar reprova as palavras de Job, faz o elogio da sabedoria de Deus, exorta Job a voltar para Deus.
Job responde que conhece como os seus amigos a sabedoria de Deus. Admirável descrição da sabedoria e do poder de Deus.
Job confia em Deus e não nos amigos, que são injustos. Espera poder defender a sua inocência diante de Deus. Implora a misericórdia divina.
Brevidade e misérias da vida humana. Do sepulcro não se volta a viver sobre a terra.
Elifaz acusa Job de ignorante. Tormentos do ímpio. O ímpio caminha para a ruína.
Pretendidos consoladores. Deus e os homens atormentam Job. Deus é testemunha da inocência, de Job.
Novos gemidos, de Job. Job desespera da vida.
Baldad afirma novamente que o ímpio deve perecer. Males que esperam o ímpio até à sua morte. Males que o esperam depois da morte.
Job a firmou novamente a sua inocência. Grandeza das suas dores. Lamenta-se por todos o abandonarem. Implora a piedade dos amigos, e manifesta a sua confiança em Deus.
A felicidade do Ímpio é de breve e incerta duração. O ímpio caminhará para a ruína. A culpa e o castigo intimamente unidos. O ímpio oprimido por males.
Job invoca a atenção dos amigos. Muitas vezes os impios têm prosperidades. Mas são castigados inesperadamente. Também com frequência são honrados depois da morte, posto que condenados por Deus.
Deus trata os homens como merecem. Vários pecados que Elifaz julga cometidos por Job. Exemplo dos antigos punidos por Deus. Job é convidado ao arrependimento.
Job deseja defender-se diante de Deus. Confiança e temor.
Porque sofrem tantos inocentes, enquanto que os ímpios não são punidos?
Majestade e poder de Deus.
Job escarnece do seu interlocutor. Descreve, por sua vez, o poder de Deus.
Job proclama novamente sua inocência.
O homem conhece muitas coisas da natureza. Mas a verdadeira sabedoria só Deus a conhece.
Felicidade passada de Job. Seu zêlo em defender os oprimidos. Seu interesse pelo bem de todos.
Sua infelicidade presente.
Job não se entregou às paixões. Não abusou da força. Não foi arrogante nem para com Deus nem para com o próximo.
Intervenção de Eliú Diz os motivos que o levam a tomar a palavra.
Eliú nega que Job seja justo.
Eliú chama a atenção. Prova que Deus não é injusto, porque preside ao governo do mundo físico. e do mundo moral. Eliú acusa Job de persunçoso.
A piedade ou a impiedade não é a Deus que aproveita ou prejudica, mas ao homem. Motivos por que algumas preces não são ouvidas por Deus.
Exórdio. Deus instrue os homens por meio das tribulações. Por isso devem-se suportar os males com paciência. O poder de Deus manifestado nas suas obras.
O poder de Deus nos fenômenos atmosféricos. Grandeza de Deus e pequenez do homem.
Deus intervém e pergunta a Job se esteve presente à criação do mundo. se conhece os segredos dos mistérios da natureza, se conhece as leis dos astros. Depois interroga-o acerca da leoa e do corvo,
das cabras silvestres e dos veados, do asno montês, do rinoceronte, do avestruz, do cavalo, do falcão, da águia, Deus exige uma resposta, e Job confessa a sua ignorância.
Deus convida irònicamente Job a governar o mundo. Descrição de Beemot. Descrição de Leviatan.
Deus continua a descrever o Leviatan.
Deus proclama inocência de Job. e restitui-lhe em duplicado a sua primitiva felicidade.