Epístola aos Galatas
Quando S. Paulo visitou as igrejas da Galácia, recomendou-lhes que observassem as regras estabelecidas no Concílio de Jerusalém. Mas, logo que se retirou, alguns cristãos convertidos do judaísmo começaram a ensinar que, para ser cristão perfeito, era preciso receber a circuncisão e praticar a lei de Moisés. E, para dar mais crédito às suas palavras, diziam que era esta a doutrina da Igreja de Jerusalém, e a dos Apóstolos Pedro, Tiago e João. Logo que S. Paulo foi informado de tais coisas, escreveu esta carta. Começa por reivindicar para si a dignidade de Apóstolo, mostrando em seguida a conformidade dos seus ensinamentos com os dos outros Apóstolos e provando, finalmente, que nem a circuncisão, nem a lei de Moisés podem contribuir para a justificação.
Direção e saudações. Os Gálatas são censurados por causa da sua inconstância. A missão de Paulo veio imediatamente de Deus.
Paulo no concilio de Jerusalém. Paulo e Pedro em Antioquia.
Impossibilidade da lei. Apelo à experiência dos Gálatas. A promessa da salvação é anterior à lei, e o seu cumprimento somente depende da fé viva. A lei não ab-rogou a promessa. A lei foi dada aos Hebreus como um pedagogo encarregado de os conduzir a Cristo. A fé libertou-nos da tutela da lei.
O tempo da lei passou. Os Gálatas não devem sujeitar-se novamente à lei. Não devem esquecer o seu afeto pelo Apóstolo. Não devem deixar-se seduzir. Inutilidade da lei demonstrada pela história dos dois filhos de Abraão.
Inutilidade e perigo do judaísmo. Palavras severas contra os sedutores dos Gálatas. Praticar a caridade. A carne e o Espírito. Avisos práticos. Suportemo-nos mutuamente.
Semear para colher. Conclusão e saudação final.