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Salmos, 70

Não me rejeites na minha velhice


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Espera no Senhor

Nota do Editor: Na edição original do padre Matos Soares, esse é o Salmo 71. Para mais detalhes ver Ps. 1, 1.

[1] A ti, Senhor, me acolho: não permitas que eu seja para sempre confundido

[2] segundo a tua justiça, põe-me a salvo e livra-me; inclina para mim o teu ouvido e salva-me.

[3] Sê para mim rochedo de refúgio, cidadela fortificada, para me salvares: em verdade, tu és o meu rochedo e a minha cidadela.

[4] Deus meu, livra-me da mão do iníquio, do punho do malvado e do opressor:

[5] Com efeito, tu és a minha esperança, ó meu Deus, Senhor, (tu és a) minha esperança desde a minha mocidade.

[6] Em ti me firmei desde o meu nascimento, tu és o meu protector desde o ventre de minha mãe: em ti esperei sempre.

[7] Fui considerado por muitos como um prodígio 1; tu, foste, realmente, o meu poderoso protector.

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Como um prodígio, como um objecto de admiração, por causa dos meus extraordinários sofrimentos.

[8] A minha boca estava cheia do teu louvor, da tua glória todo o dia.

[9] Não me desampares no tempo da velhice; quando faltarem as minhas forças, não me abandones.

[10] Porque os meus inimigos falam contra mim, e os que me espiam conspiram contra mim,

[11] dizendo: "Deus desamparou-o; persegui-o e prendei-o, porque não há quem o livre"

[12] Ó Deus, não te afastes de mim, Deus meu, acode já em meu socorro.

[13] Sejam confundidos, pereçam os adversários da minha vida; sejam cobertos de confusão e de vergonha, os que me procuram males.

[14] Eu porém esperarei sempre (em ti), e cada dia contribuirei mais para teu louvor.

[15] A minha boca anunciará a tua justiça, todo o dia os teus auxílios: nem sequer conheço 1 a medida deles.

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Nem sequer conheço... Os auxílios que Deus prestou ao Salmista são inumeráveis.

[16] Hei-de narrar o poder de Deus, Senhor, hei-de proclamar a justiça própria só de ti.

[17] Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha juventude, e eu publico as tuas maravilhas (que tenho experimentado) até agora.

[18] E também na velhice e na decrepitude, ó Deus, não me desampares, enquanto eu anunciar a força do teu braço a toda esta geração, o teu poder a todas as (gerações) vindouras,

[19] e a tua justiça, ó Deus, que chega até aos céus, com a qual tão grandes coisas tens operado; ó Deus, quem é semelhante a ti?

[20] Impuseste-me tribulações numerosas e amargas: far-me-ás reviver, e dos abismos da terra outra vez me tirarás.

[21] Aumenta o meu prestigio, e consola-me de novo.

[22] Eu também celebrarei, ao som da harpa, a tua fidelidade, ó Deus, eu te cantarei salmos ao som da citara, ó santo de Israel.

[23] Ao cantar os teus louvores, regozijar-se-ão os meus lábios e a minha alma, que resgataste.

[24] Também a minha língua anunciará todo o dia a tua justiça, porque foram confundidos e envergonhados os que procuram fazer mal.

Salmos, 70