Salmos, 57
Contra os juízes injustos
Nota do Editor: Na edição original do padre Matos Soares, esse é o Salmo 58. Para mais detalhes ver Ps. 1, 1.
[1] Ao mestre do coro. Segundo a melodia de "Não destruas"... De Davide. Miktãm. •
Sua injustiça
[2] Porventura, ó poderosos, fazeis verdadeiramente justiça? Porventura, ó filhos dos homens, é com rectidão que julgais? •
[3] Ao contrário, vós cometeis iniquidades no coração, e as vossas mãos espalham injustiças na terra. •
[4] Extraviaram-se os ímpios desde o seio materno, erraram, desde o seu nascimento, os que falam mentira. •
[5] Têm um veneno semelhante ao veneno das serpentes, ao veneno do áspide (que se faz) surdo, que fecha os seus ouvidos, •
O seu coração está como que envenenado, já não quer ouvir conselhos nem repreensões.
[6] para não ouvir a voz dos encantadores, do encantador que encanta com mestria. •
Sua destruição.
[7] Ó Deus, quebrai-lhes os dentes na sua própria boca; ó Senhor, quebra as queixadas desses leões. •
Imagens muito expressivas.
[8] Desapareçam, como as águas que correm; se atirarem as suas setas, que fiquem embotadas.
[9] Passem como a lesma que se vai dissolvendo, como aborto de mulher, que não viu o sol. •
[10] Antes que as vossas panelas se aqueçam ao fogo do espinheiro verde, sejam eles arrebatados pelo vendaval. •
[11] Alegrar-se-à o justo ao ver a vingança : lavará os seus pés no sangue do ímpio. •
[12] E os homens dirão: "Deveras há recompensa para o justo, deveras há um Deus que julga sobre a terra." •