Salmos, 43
O povo, outrora protegido por Deus e agora repudiado, pede auxilio
Nota do Editor: Na edição original do padre Matos Soares, esse é o Salmo 44. Para mais detalhes ver Ps. 1, 1.
[1] Ao mestre do coro. Dos filhos de Coré. Maskil. •
Ver nota <ERROR CROSSREF>.
Os benefícios passados de Deus
[2] Nós, ó Deus, ouvimos com os nossos próprios ouvidos, nossos pais contaram-nos a obra que fizeste nos seus dias nos dias antigos. •
[3] Tu, com a tua mão, expulsas as gentes, os estabeleceste a eles (em seu lugar), destruídas as nações, os dilataste, •
[4] De facto, não foi com a sua espada que conquistaram este país, nem foi o seu braço que os salvou, mas a tua dextra e o teu braço, e a serenidade do teu rosto, porque os amaste. •
conduzem à confiança.
[5] Tu és o meu rei e o meu Deus, que deste as vitórias a Jacob. •
[6] Por ti rechaçámos os nossos adversários, e em teu nome calcámos os nossos agressores. •
[7] Não foi no meu arco que pus confiança, nem foi a minha espada que me salvou.
[8] Foste tu que nos salvaste dos nossos adversários, e confundiste os que nos tinham ódio.
[9] Em Deus nos gloriávamos sem cessar, e o teu nome celebrávamos sempre. •
Agora porém Israel encontra-se rejeitado por Deus e confundido,
[10] Tu agora porém, repeliste-nos e cobriste-nos de confusão, já não sais, ó Deus, á frente dos nossos exércitos. •
[11] Fizeste-nos ceder diante dos nossos adversários, e os que nos odeiam encheram-se de despojos •
[12] Entregaste-nos, como ovelhas para o matadouro, dispersaste-nos entre as nações. •
[13] Vendeste o teu povo por preço vil e pouco lucraste em o ter vendido. •
[14] Tornaste-nos o opróbrio dos nossos vizinhos; um objecto de escárnio a zombaria para aqueles que estão ao redor de nós.
[15] Fizeste de nós a fábula das nações, os povos abanam a cabeça, escarnecendo de nós. •
[16] A minha ignomínia está todo o dia diante de mim, e o meu rosto cobre-se de confusão,
[17] à voz do que me afronta e vitupera, por causa do inimigo e do opressor. •
embora inocente e fiel ao Senhor.
[18] Todas estas coisas vieram sobre nós, e, ainda assim, não nos temos esquecido de ti, nem violámos o teu pacto, •
[19] nem o nosso coração tornou atrás (para seguir os falsos deuses), nem se desviaram os nossos passos do teu caminho, •
[20] quando nos humilhaste no lugar da aflição, e nos cobriste de trevas. •
[21] Se tivéssemos esquecido o nome do nosso Deus, se tivéssemos estendido as mãos para algum deus estranho, •
[22] porventura Deus não teria averiguado tudo isto? Em verdade ele conhece os segredos do coração. •
[23] Mas, por amor de ti, somos entregues à morte todos os dias, somos considerados como ovelhas para o matadouro. •
Por amor de ti, para defender a tua causa sagrada, ó Senhor, sujeitamo-nos, todos os dias, a perigos de morte.
Súplica ardente.
[24] Desperta! Por que dormes Senhor? Acordai Não nos rejeites para sempre!
[25] Por que escondes o teu rosto? Esqueces-te da nossa miséria e da nossa opressão? •
[26] Porquanto a nossa alma está humilhada até ao pó, e o nosso peito como que está pegado à terra.
[27] Levanta-te, Senhor, em nosso auxílio, e livra-nos pela tua misericórdia.