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Salmos, 34

Pedido de auxílio contra os perseguidores injustos e ingratos


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Davide suplica o auxílio divino.

Nota do Editor: Na edição original do padre Matos Soares, esse é o Salmo 35. Para mais detalhes ver Ps. 1, 1.

[1] De Davide. Combate, Senhor, contra os que me combatem, ataca os que me atacam.

[2] Toma o broquel e o escudo, e levanta-te em meu socorro.

[3] Vibra a lança e corta a passagem àqueles que me perseguem, diz à minha alma: "Eu sou a tua salvação."

[4] Sejam confundidos e envergonhados os que buscam a minha vida, retrocedam e sejam cobertos de vergonha os que maquinam males contra mim.

[5] Sejam como a palheira levada pelo vento, quando o anjo do Senhor os acossar.

[6] Seja o seu caminho tenebroso e escorregadio, quando o anjo do Senhor os perseguir.

[7] Porquanto sem razão me estenderam a sua rede, sem razão abriram uma cova para a minha vida.

[8] Venha sobre eles de improviso a ruína, apanhe-os a rede que estenderam, eles próprios caiam na cova que abriram.

[9] A minha alma, porém, regozijar-se-á no Senhor, e alegrar-se-á do seu socorro.

[10] Todas as minhas forças dirão: "Senhor, quem é semelhante a ti, que livras o desvalido das mãos do mais forte, o mísero e o pobre do ladrão?"

[11] Levantaram-se testemunhas violentas: interrogavam-me 1 sobre o que eu ignorava.

show note 1

Interrogavam-me... isto é, acusavam-me de crimes de que eu nâo tinha conhecimento, estando por isso inocente.

Ingratidão dos seus inimigos.

[12] Tornavam-me males por bens: desolação para a minha alma.

[13] Porém eu 1, quando eles estavam doentes, vestia-me de cilício, afligia a minha alma com o jejum e derramava preces dentro de mim.

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Porém eu... A sua caridade compassiva manifestava-se então nas formas mais vivas.

[14] Como por um amigo, por meu irmão, andava triste, como quem chora sua mãe, vergava sob a dor.

[15] Porém, quando eu vacilei, alegraram-se e juntaram-se, juntaram-se contra mim, ferindo-me de surpresa. Não cessavam de me lacerar,

[16] punham-me à prova, escarneciam de mim rangendo contra mim os seus dentes.

[17] Até quando. Senhor, estarás a ver (estas injustiças)? Livra a minha alma dos que rugem, (livra) a minha vida dos leões.

[18] Dar-te-ei graças na grande assembleia, louvar-te-ei no meio dum povo numeroso.

Repetição da súplica.

[19] Não se regozijem à minha custa os meus injustos inimigos, os que me aborrecem sem causa não acenem com os olhos.

[20] Em realidade, não é de paz que eles falam, e contra os pacíficos da terra maquinam enganos.

[21] Abrem contra mim a sua boca e dizem: "Ah! Ah! Vimos com os nossos olhos 1!"

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Vimos com os nossos olhos a ruína deste homem, a qual era por nós muito desejada.

[22] Tu o viste, Senhor! Não te cales, Senhor, não te apartes de mim!

[23] Desperta e vela em minha defesa, Deus meu e Senhor meu, (vela) pela minha causa!

[24] Julga-me segundo a tua justiça, Senhor, não se alegrem à minha custa, ó meu Deus!

[25] Não pensem em seu coração: "Ah! Eis o que desejávamos!" Nem digam: "Nós o devoramos!"

[26] Fiquem envergonhados e confundidos todos os que se congratulam pelos meus males. Vestidos sejam de confusão e de ignomínia os que se exaltam contra mim.

[27] Regozijem-se e alegrem-se os que são favoráveis à minha causa, e digam sempre: "Glorificado seja o Senhor, que se interessa pela salvação do seu servo."

[28] A minha língua proclamará a tua justiça e o teu louvor sem cessar.

Salmos, 34