Salmos, 140
Oração do justo contra as insídias do iníquo
Nota do Editor: Na edição original do padre Matos Soares, esse é o Salmo 141. Para mais detalhes ver Ps. 1, 1.
[1] Salmo, De Davide. Senhor, a ti clamo; socorre-me depressa; atende à minha voz, quando clamo a ti. •
[2] Suba directa a ti a minha oração, como incenso, seja a elevação das minhas mãos (tão agradável) como o sacrifício da tarde. •
[3] Põe, Senhor, uma guarda à minha boca, sentinela à porta dos meus lábios. •
[4] Não deixes inclinar o meu coração para coisa má, para cometer crimes; nem com os homens que cometem a iniquidade, coma eu jamais dos seus lautos manjares. •
[5] Bata-me o justo: isso é piedade; repreenda-me: é perfume para a cabeça, o qual a minha cabeça não recusará; antes hei-de orar sempre, sob os seus golpes. •
[6] Os seus príncipes caíram junto do rochedo, e ouviram quão suaves eram as minhas palavras. •
O sentido e o nexo destes versículos, cujo texto parece que foi bastante corrompido, são completamente obscuros. Refere-se talvez o salmista (Davide) ao que é narrado no 1Sm. 24, 1-16: 1Sm. 26, 8-20, quando o perseguidor Saul foi tratado por ele com benignidade junto do rochedo. Outros dizem que nestes dois versículos se trata do futuro castigo dos inimigos. Porém nenhuma explicação satisfaz por completo.
[7] Assim como a terra quando é sulcada e fendida, assim foram dispersos os seus ossos junto da sepultura. •
[8] Para ti pois, Senhor, se volvem os meus olhos; a ti me acolho: não permitas que se perca a minha alma.
[9] Guarda-me do laço, que armaram contra mim, e das emboscadas dos que praticam a iniquidade.
[10] Caiam todos juntos, em suas próprias redes, os ímpios, enquanto eu escape incólume. •