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Salmos, 106

Acção de graças por terem sido livres dos perigos


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LIVRO QUINTO

Prólogo.

Nota do Editor: Na edição original do padre Matos Soares, esse é o Salmo 107. Para mais detalhes ver Ps. 1, 1.

[1] Louvai o Senhor, porque é bom, porque a sua misericórdia é eterna.

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Em quatro quadros simbólicos (4-9; 10-16; 17-22; 23-32) de uma elegante disposição simétrica" o salmista traça os grandes males de que Deus livrou o povo de Israel, o qual lhe deve por isso uma eterna gratidão. Em seguida descreve o feliz estado dos Israelitas, depois de terem voltado do exílio (33-41). outro motivo de dar graças a Deus.

[2] Assim digam os que foram resgatados pelo Senhor, os que ele resgatou da mão do inimigo,

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Expressões que indicam a volta do cativeiro à pátria reconstituida.

[3] e os que congregou de várias terras; do oriente e do ocidente, do aquião e do austro.

Louvem o Senhor os Israelitas, outrora perdidos no deserto,

[4] Andaram errantes pelo deserto, pela solidão, não encontraram caminho para uma cidade habitável.

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Primeiro quadro simbólico; a fome no deserto, tal era o exílio.

[5] Tinham fome e sede, a sua vida desfalecia neles.

[6] E clamaram ao Senhor no meio das suas angústias, e ele os livrou das suas tribulações.

[7] Conduziu-os por caminho direito, para que chegassem a uma cidade habitável.

[8] Dêem graças ao Senhor pela sua misericórdia e pelas suas maravilhas em favor dos filhos dos homens,

[9] porque saciou a alma faminta, encheu de bens a alma esfomeada.

[10] Estiveram sentados no meio de trevas e na escuridão, prisioneiros na miséria e nos ferros,

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Segundo símbolo: a prisão.

[11] Porque tinham sido rebeldes às palavras de Deus, tinham desprezado o conselho do Altíssimo.

[12] Humilhou com trabalhos o seu coração; ficaram sem forças, e não houve quem os socorresse.

[13] E clamaram ao Senhor no meio das suas angústias, e ele os livrou das suas tribulações.

[14] Tirou-os das trevas (do cárcere) e da escuridão, quebrou as suas cadeias.

[15] Dêem graças ao Senhor pela sua misericórdia e pelas suas maravilhas em favor dos filhos dos homens,

[16] porque arrombou as portas de bronze e quebrou os ferrolhos de ferro.

[17] Estavam enfermos, por causa da sua iniquidade, e eram atormentados por causa dos seus delitos.

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Terceiro símbolo: a perda de forças, causada por uma náusea contínua.

[18] A sua alma aborrecia toda a comida, e chegaram às portas da morte.

[19] E clamaram ao Senhor no meio das suas angústias, e ele os livrou das suas tribulações.

[20] Enviou a sua palavra para os curar, para os livrar da ruína.

[21] Dêem graças ao Senhor pela sua misericórdia e pelas suas maravilhas em favor dos filhos dos homens.

[22] Ofereçam sacrifícios de louvor, anunciem as suas obras com alegria.

Louvem o Senhor os navegantes.

[23] Os que tinham descido ao mar em naus, para fazerem comércio sobre as grandes águas,

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Quarto símbolo: os náufragos. A tempestade que os surpreende é um perigo tanto mais grave quanto raras eram para os antigos Hebreus as viagens por mar.

[24] viram as obras do Senhor, as suas maravilhas no meio do mar.

[25] Falou, e excitou um vento proceloso, que levantou para o alto as suas ondas.

[26] Subiam até aos céus e desciam até aos abismos; a sua alma desfalecia no meio destes males.

[27] Andavam à roda e cambaleavam como ébrios, e toda a sua perícia se desvaneceu.

[28] E clamaram ao Senhor no meio das suas angústias, e ele os livrou das suas tribulações.

[29] A tempestade serenou em doce brisa, ficaram silenciosas as ondas do mar.

[30] Eles alegraram-se por as ver silenciosas, e (o Senhor) conduziu-os ao porto que desejavam.

[31] Dêem graças ao Senhor pela sua misericórdia e pelas suas maravilhas em favor dos filhos dos homens

[32] Exaltem-no na assembleia do povo, e louvem-no no conselho dos anciãos.

Aflição e libertação.

[33] Converteu os rios em deserto, os mananciais das águas em terra sedenta,

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A Palestina, a princípio fértil, foi convertida em deserto durante o cativeiro de Babilônia.

[34] a terra fértil em salsugem, por causa da malícia dos seus habitantes.

[35] Converteu o deserto em lago de águas, e a terra árida em mananciais de águas.

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Mas, depois da volta dos Israelitas, tomou-se, com o auxilio de Deus, uma terra fértil.

[36] Estabeleceu ali os famintos, e eles fundaram uma cidade habitável.

[37] Semearam campos, plantaram vinhas, e colheram frutos abundantes.

[38] E abençoou-os, e multiplicaram-se em extremo, e deu-lhes gado em número não escasso.

[39] Depois foram reduzidos a poucos e abatidos, sob o peso dos infortúnios e da aflição.

[40] Todavia, o que lança o desprezo sobre os príncipes, e os faz errar por ínvios desertos,

[41] levantou o pobre da sua miséria, e fez as famílias numerosas como rebanhos.

Atendam os sábios a estes favores divinos.

[42] Os justos vêem (estes coisas) e alegram-se, e toda a maldade fecha a sua boca.

[43] Quem é sábio para considerar estas coisas e ponderar bem as misericórdias do Senhor?

[43] Quem é sábio para considerar estas coisas e ponderar bem as misericórdias do Senhor?

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Quem é sábio... Qual é o homem sábio, que não conservará na memória estas coisas, e não procurará, por isso, orientar bem a sua vida?

Salmos, 106