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Profecia de Habucuc, 2

Espera a resposta, que lhe é dada. Ai do povo culpado!


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Espera a resposta,

[1] Estarei alerta (entretanto), fazendo a minha sentinela (como projeta de Israel), e permanecerei de pé sobre as fortificações; olharei atentamente para ver o que me vai dizer o Senhor e o que hei-de responder à advertência recebida.

que lhe é dada.

[2] Então respondeu-me o Senhor, dizendo; Escreve o que vês e nota-o sobre tabuinhas (de escrever), para que se possa ler correntemente.

[3] Porque a visão é apenas para o tempo devido, mas enfim ela se cumprirá, não faltará; se tardar, espera-a, porque infalivelmente virá, não faltará.

[4] Eis que sucumbe o que não tem a alma recta, mas o justo viverá pela sua fidelidade.

Ai do povo culpado!

[5] Assim como o vinho engana quem o bebe, assim o homem soberbo perderá o seu brilho, ele que dilata como o inferno 1 a sua alma, e é insaciável como a morte, que junta sob o seu domínio todas as nações e amontoa junto de si todos os povos.

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Como o inferno, isto é, como a habitação dos mortos, que nunca se sacia.

[6] Porventura não virá ele a ser a fábula de todos estes, e o objecto dos seus (satíricos) provérbios? Dir-se-á; Ai daquele que acumula o que não é seu até quando? — daquele que acumula sobre si o peso da dívida!

[7] Porventura (ó mau) não se levantarão de repente os teus credores, não despertarão os teus exactores? Serás presa deles.

[8] Visto que despojaste muitas nações, despojar-te-ão todos os outros povos, por causa do sangue humano (que derramaste), das violências cometidas contra a terra, contra a cidade e contra todos os seus habitantes.

[9] Ai daquele que ajunta ganhos criminosos para (estabelecer a) sua casa, a fim de colocar em lugar muito alto o seu ninho 1, pensando livrar-se da mão do mal!

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Colocar em lugar alto o seu ninho, isto é, firmar o seu império contra todos os ataques.

[10] Tu meditaste, cobrindo de vergonha a tua casa, arruinar muitos povos, comprometendo a tua própria vida.

[11] Porque a pedra clamará da parede (contra ti), e o madeiramento que serve de travação ao edifício, lhe responderá.

[12] Ai daquele que edifica uma cidade com sangue e que funda as suas bases na iniquidade!

[13] Porventura o Senhor dos exércitos não fará (como castigo) isto (que se segue)? Os povos trabalharão para o fogo, e as nações fatigar-se-ão para nada.

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Os povos, vencidos e condenados pelos Caldeus ao trabalho das suas grandiosas construções, fatigar-se-ao inutilmente, porque há-de vir um dia em que o fogo devorará estes edifícios.

[14] Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como o mar está coberto das suas águas.

[15] Ai daquele que dá de beber ao seu próximo, misturando fel (na bebida) até o embriagar, para ver a sua nudez!

[16] Tu (que assim procedes) serás cheio de ignomínia, em lugar de glória; bebe também até ficares ébrio; voltai-se-á sobre ti o cálice da direita do Senhor, e a abjecção cairá sobre a tua glória.

[17] Porque a violência executada contra o Líbano recairá sobre ti, e os estragos dos animais ferozes far-te-ão tremer, por causa do sangue humano (que derramaste) e das injustiças cometidas contra a terra, contra a cidade e contra todos os seus habitantes.

[18] De que serve a escultura para que o escultor a faça? O ídolo fundido que só ensina mentiras, para que o artista nele ponha a sua confiança, fabricando divindades mudas?

[19] Ai daquele que diz ao pau; Desperta! e à pedra muda: Levanta-te! Porventura poder-lhe-á ela ensinar alguma coisa? Vê que ela está coberta de ouro e de prata, mas nas suas entranhas não há espírito algum.

[20] Porém o Senhor está nó seu santo templo; cale-se toda a terra diante dele!

Habucuc, 2