Êxodo, 9
Quinta praga: a peste dos animais. Sexta praga: as úlceras. Sétima praga: o granizo.
Quinta praga: a peste dos animais.
[1] O Senhor disse a Moisés: Vai ter com Faraó e dize-lhe: Assim fala o Senhor Deus dos Hebreus: Deixa ir o meu povo para que me ofereça sacrifícios,
[2] porque, se ainda recusas e o reténs,
[3] a minha mão será sobre (o gado dos) teus campos e (virá) uma pestilência gravíssima sobre os cavalos, jumentos, camelos, bois e ovelhas. •
[4] O Senhor fará a maravilha de separar o que pertence aos filhos de Israel do que pertence aos Egípcios, de sorte que não pereça absolutamente nada da que pertence aos filhos de Israel.
[5] E o Senhor determinou o tempo, dizendo: Amanhã cumprirá o Senhor esta palavra no país. •
[6] Ao outro dia, pois, fez o Senhor o que tinha dito, e todos os animais dos Egípcios morreram; dos animais dos filhos de Israel não morreu nenhum. •
[7] Faraó mandou ver, e nada estava morto do que possuía Israel. O coração de Faraó, porém, endureceu-se, e não deixou ir o povo. •
Sexta praga: as úlceras.
[8] O Senhor disse a Moisés e a Aarão: Tomai mãos cheias de cinza dum forno, e Moisés a lance ao ar diante de Faraó,
[9] para que se converta num pó fino, sobre toda a terra do Egipto, donde resultarão nos homens e nos animais úlceras e tumores, por toda essa terra. •
[10] Tomaram cinza dum forno, e apresentaram-se a Faraó. Moisés lançou-a ao ar, e formaram-se úlceras e tumores nos homens e nos animais.
[11] Os magos não podiam ter-se de pé diante de Moisés, por causa das úlceras, que estavam sobre eles, como sobre todos os Egípcios. •
E os magos não podiam ter-se de pé, e reconheciam agora a sua inteira impossibilidade de contrafazer os prodigios de Moisés, vendo-se atacados pelo terrível flagelo. Do texto parece deduzir-se que Faraó, por permissão de Deus, não foi atingido pela praga.
[12] O Senhor endureceu o coração de Faraó, que não os ouviu, como o Senhor tinha dito a Moisés. •
Sétima praga: o granizo.
[13] O Senhor disse a Moisés: Levanta-te de manhã cedo, apresenta-te a Faraó e dize-lhe: Assim fala o Senhor Deus dos Hebreus: Deixa ir o meu povo para que me ofereça sacrifícios,
[14] porque desta vez mandarei todas as minhas pragas sobre o teu coração, sobre os teus servos, sobre o teu povo, para que saibas que não há quem seja semelhante a mim em toda a terra. •
[15] Se eu tivesse estendido a minha mão e te tivesse ferido de peste a ti e ao teu povo, haveríeis já desaparecido da terra. •
[16] Porém conservei-te com vida, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja celebrado em toda a terra. •
[17] Ainda reténs o meu povo, e o não queres deixar ir?
[18] Pois fica sabendo que amanhã, a esta mesma hora, farei chover granizo abundantíssimo, qual se não viu nunca no Egipto, desde o dia em que foi fundado até ao presente.
[19] Manda, portanto, imediatamente juntar os teus animais e tudo o que tens no campo, porque os homens e os animais que se acharem fora, que não estiverem recolhidos, cairá sobre eles o granizo, e morrerão. •
Manda... juntar_... Deus em sua infinita bondade, lembra um meio de evitar o flagelo a todos os que crerem na sua palavra.
[20] Aqueles dos servos de Faraó, que temeram a palavra do Senhor, fizeram retirar os seus servas e os seus animais para as casas.
[21] Aqueles porém, que desprezaram a palavra do Senhor, deixaram ficar os seus servos e os seus animais nos campos.
[22] O Senhor disse a Moisés; Estende a tua mão para o céu, a fim de que chova granizo em toda a terra do Egipto sobre os homens, sobre os animais e sobre toda a verdura do campo, na terra do Egipto.
[23] Moisés estendeu a vara para o céu, e o Senhor despediu trovões, granizo e raios, que se precipitavam sobre a terra. O Senhor fez cair granizo sobre a terra do Egipto, •
[24] e, misturado com ele, caiu fogo; o granizo foi de tal grandeza, que nunca antes se viu igual em toda a terra do Egipto, desde que aquela nação foi fundada. •
[25] O granizo feriu em toda a terra do Egipto tudo o que estava nos campos, desde os homens até aos animais, feriu toda a erva do campo e destroçou todas as árvores do país.
[26] Só na terra de Gessen, onde estavam os filhos de Israel, não caiu granizo.
[27] Faraó mandou chamar Moisés e Aarão e disse-lhes: Eu pequei ainda desta vez; o Senhor é justo; eu e o meu povo somos ímpios.
[28] Rogai ao Senhor para que cessem os trovões de Deus e o granizo, a fim de que eu vos deixe ir, e não permaneçais mais aqui.
[29] Moisés disse: Depois que eu tiver saído da cidade, estenderei as minhas mãos para o Senhor, cessarão os trovões e não choverá mais granizo, a fim de que saibas que (toda) a terra é do Senhor.
[30] Mas eu sei que nem tu nem os teus servos temem ainda o Senhor Deus.
[31] O linho e a cevada perderam-se, porque a cevada estava verde e o linho estava em flores.
[32] O trigo, porém, e o farro não foram danificados, porque eram serôdios. •
[33] Moisés, tendo deixado Faraó e saído da cidade, ergueu as mãos para o Senhor, e cessaram os trovões e o granizo, e não caiu mais chuva, sobre a terra.
[34] Faraó, porém, vendo que tinha cessado a chuva, assim como o granizo e os trovões, aumentou o seu pecado:
[35] o seu coração se obstinou e endureceu extraordinariamente, e não deixou partir os filhos de Israel, como o Senhor tinha mandado por meio de Moisés. •