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Cânticos dos Cânticos, 4


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Os esposos com os amigos no palácio real

[1] Oh, como és formosa, minha amada, como és formosa! Os teus olhos são como os das pombas, por detrás do teu véu. Os teus cabelos são como um rebanho de cabras, suspensas das vertentes dos montes de Galaad.

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Cristo louva e admira as belezas que ele mesmo depositou na sua Igreja e nas almas santas, que ele escolheu para si, louva e admira as virtudes exteriores que nela aparecem mas dá a primazia à caridade que está escondida no coração.

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Os teus cabelos... Os pêlos negros e finos das cabras que pastavam nas encostas das colinas, são unia bela imagem da abundante e fina cabeleira da esposa.

[2] Os teus dentes são como um rebanho de ovelhas tosquiadas, ao subir do lavadouro; cada uma leva dois cordeirinhos gémeos, e nenhuma há estéril entre elas.

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Série de comparações para dizer que os dentes da esposa são brancos e duma perfeita regularidade.

[3] Os teus lábios são como um fio de púrpura, o teu falar é doce, como metades de romãs, assim são as tuas faces, por detrás do teu véu.

[4] O teu pescoço é (direito) como a torre de Davide, que foi edificada com seus baluartes; dela estão pendentes mil escudos, todos os escudos dos heróis.

[5] Os teus dois peitos 1 são como dois filhinhos gémeos, duma gazela. que pastam entre os lírios.

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Os teus dois peitos.. Esta imagem simboliza o amor maternal da Igreja para com os seus filhos, a quem ela nutre com o leite mais puro da doutrina e da moral.

[6] Antes que chegue o fresco do dia, e se inclinem as sombras, eu irei ao monte da mirra 1, e ao outeiro do incenso. Toda és formosa, minha amada, e em ti não há mácula.

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Ao monte de mirra. a qualquer lugar perfumado por estas substâncias.

[8] Vem do Líbano, esposa minha, vem do Líbano, vem do alto do monte Amaná, dos cumes de Sanir e de Hermon, das cavernas dos leões, dos montes dos leopardos.

[9] Arrebataste o meu coração, irmã minha esposa, arrebataste o meu coração com um só dos teus olhares, com uma só pérola do teu colar.

[10] Que deliciosas são as tuas carícias, irmã minha esposa! Quanto melhor é o teu amor que o vinho, e quanto o odor dos teus perfumes 1 excede o de todos os aromas.

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O odor dos teus perfumes. O odor moral das virtudes da Igreja.

[11] Os teus lábios, ó esposa, são como um favo, que destila mel; e o mel e o leite estão debaixo da tua língua, e o odor dos teus vestidos é como o odor (suave) do incenso.

[12] Jardim fechado és, irmã minha esposa, nascente fechada, fonte selada.

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A Igreja tem o coração fechado a todo o amor profano: é impenetrável a outro afecto que não seja o de Jesus Cristo.

[13] As tuas plantas formam um jardim de delicias, (cheio) de romãzeiras, com frutos 1 preciosos, com cipre e nardo,

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Os frutos significam as virtudes e as boas obras da esposa, que constituem a felicidade doméstica.

[14] nardo e açafrão, canela e cinamono, com todas as árvores de incenso, e todos os melhores balsameiros, com mirra e aloés,

[15] És fonte de jardins, poço de águas vivas, que com ímpeto correm do Líbano.

[16] Levanta-te, Aquilão, e vem tu, vento do Meio-dia, sopra no meu jardim, (de sorte) que os balsameiros exalem seus perfumes.

Cânticos, 4